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Traduzido por: Bodil Margareta Svensson
Páginas: 361
Ano de edição: 2013
Peso: 530 g
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Allan Emmanuel Karlsson resolve fugir pela janela da Casa de Repouso onde mora bem no dia do seu centésimo aniversário. Allan consegue chegar à rodoviária e comprar uma passagem para o próximo ônibus que fosse à qualquer lugar. É quando se aproxima um rapaz e pede para cuidar de uma mala, enquanto o rapaz iria ao banheiro. Chega o ônibus e o centenário Allan embarca, levando a mala que ficara cuidando. Esta mala continha uma enorme quantia de dinheiro e pertencia a uma gangue. A história se desenvolve com muitos personagens, tanto bandidos que vão à procura da mala, como de policiais e autoridades de muitos países.
Quinta-feira, 26 de maio de 2005
PER-GUNNAR GERDIN AINDA estava dormindo quando o comissário Goran Aronsson chegou à Fazenda Bellringer e, para sua surpresa, encontrou Allan Emmanuel Karlsson sentado numa rede, na espaçosa varanda de madeira na frente da casa.
Benny, Linda e Buster estavam justamente providenciando água para a nova baia de Sonya, no estábulo. Julius tinha deixado a
barba crescer, e recebeu a permissão do grupo para acompanhar Bosse até Falkôping para fazer compras. Allan pegou no sono na
rede e só acordou quando o comissário anunciou sua presença.
- Allan Karlsson, eu suponho.
Allan abriu os olhos e disse que também supunha a mesma coisa. Porém ele não tinha a mínima ideia de quem havia lhe dirigido a palavra. Será que o desconhecido poderia esclarecer essa questão?
Imediatamente, o comissário o fez. Disse que seu nome era Aronsson, comissário de polícia, e que vinha procurando pelo Sr.
Karlsson havia um bom tempo, e que ele seria preso por suspeita de ter matado algumas pessoas. Os amigos do Sr. Karlsson, os Srs.
Jonsson e Ljungberg, bem como a Sra. Bjorklund, também haviam sido indiciados. O Sr. Karlsson saberia dizer onde essas pessoas se
encontravam?
Allan demorou para responder. Disse que precisava organizar os pensamentos, tinha acabado de acordar, afinal, e esperava contar com a compreensão do comissário. A gente não fala dos amigos sem antes pensar bem no assunto, o senhor comissário não
concordava?
O comissário respondeu que seu papel não era dar conselhos, mas que o Sr. Karlsson devia contar, sem demora, tudo o que sabia. De fato, o comissário não tinha pressa alguma. Allan achou isso reconfortante e convidou o comissário a se
sentar na rede enquanto ele buscava um café na cozinha.
- O senhor toma café com açúcar? Leite?
O comissário Aronsson não era do tipo que deixava um delinquente sob custódia ficar à vontade para lá e para cá, nem mesmo na cozinha ao lado. Mas havia algo de tranquilizante com aquela pessoa. Além disso, da rede, Aronsson tinha uma boa visão da cozinha, logo, agradeceu a oferta de Allan.
- Leite, por favor. Nada de açúcar - disse, e sentou-se na rede.
O recém-preso Allan foi para a cozinha ("Aceita um pão doce também?") enquanto o comissário Aronsson ficava observando, sentado na varanda. Aronsson não entendia como conseguira uma abordagem tão desastrada. De longe, ele vira um idoso sozinho na varanda da casa e pensara que talvez se tratasse do pai de Bo Ljungberg, que certamente poderia levar Aronsson até o filho, e que o próximo passo seria o filho confirmar que as pessoas procuradas não se encontravam nas redondezas, e que toda a viagem até Vastergotland tinha sido em vão.
Mas ao se aproximar da varanda Aronsson viu que o velho na rede era o próprio Allan Karlsson. Aronsson agira de maneira calma e profissional com Allan, tanto quanto sua atitude poderia ser considerada "profissional" ao permitir que o suspeito de três assassinatos fosse até a cozinha fazer um café, mas agora estava se sentindo um amador. Allan Karlsson, com seus 100 anos, não parecia ser perigoso, mas o que Aronsson faria se os outros três suspeitos também aparecessem, talvez na companhia de Bo Ljungberg, que, aliás, também teria de ser preso por proteger criminosos.
- Leite e sem açúcar? - gritou Allan da cozinha. - Na minha idade a gente esquece tudo.
Aronsson repetiu seu pedido de café com leite e sacou o celular para pedir reforços aos colegas de Falkoping. Por segurança, seriam necessárias duas viaturas.
Mas o celular tocou antes que o comissário tivesse tempo de fazer a ligação. Era o promotor Ranelid - e ele tinha notícias sensacionais.
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Não tenho qualquer história sobre este livro. Não sei como apareceu se comprei, se ganhei. É muito ruim não saber como apareceu aqui na minha prateleira “O Ancião que Saiu pela Janela e Desapareceu”.
Prosaicamente é uma constatação de que a medida que avança a idade, mais enfraquece a memória do leitor...
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