Aguarde por gentileza.
Isso pode levar alguns segundos...
Tem que ser selado, Registrado, Avaliado e Carimbado.
Rafael Mafra
Guga, depois de nove meses de ansiedade, pode finalmente ver seu filho nascer.
Mas um parto não é uma coisa simples e por isso ele teve que se desdobrar, e virar noite, e tentar dormir apertado no hospital.
Quando finalmente dormiu, o tema de seu sonho foi, é claro, o Eric.
Ou melhor, seu filho.
O nome dele?
Bem, no sonho Guga se deparava com uma Pati que, após dar à luz o bebê que por nove meses chamou de Eric, decidiu que seu nome seria Vítor.
Guga, atônito, tentava argumentar que já estava tudo pronto, que o enfeite da porta tinha Eric escrito, que todos na família já haviam se acostumado e o Blog do Eric!
Como ela queria mudar tudo agora?
Sonhos não são o campo mais apropriado para discussões racionais.
E, neste especificamente, não havia nenhuma.
Seria Vítor (ou Victor, sei lá), e pronto.
E ponto final.
Mas sono de pai, mesmo em se tratando de quem se trata, não dura muito.
Guga acordou, na luz lúgubre do quarto de hospital.
Levantou e foi olhar o Eric, digo, seu filho.
Olhou pra ele, lembrando do sonho.
Ficou imaginando se aquilo seria um sinal, uma manifestação além-da-compreensão de que aquele garotinho já nascera com nome, que talvez não coubesse a ele escolher tão arbitrariamente.
Balançou a cabeça, esfregou os olhos, coçou as costelas e foi tomar providências relativas ao bebê. Afinal, ele precisava ser registrado.
Foi lá e registrou! Não seria só um sonho que demoveria este cabeludo de chamar seu filho como ele queria.
Sonho é só um sonho que se sonha só.
Junto com a Pati, ele sonhou acordado que ele se chamaria Eric.
E, já diria Raulzito, sonho que se sonha junto é realidade.
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