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A história de Antoine é irônica, bem humorada e surrealista, partindo dos obstáculos que se encontram na busca da felicidade, passando pela crítica à sociedade que massifica a estupidez. Primeiro ele faz a tentativa de se transformar num alcoólatra, depois tenta o suicídio. Tentativas sem nenhum sucesso. Desesperado, tenta fazer uma cirurgia para retirar parte do cérebro, coisa que também não consegue realizar. Mais tarde consegue se empregar numa corretora da bolsa de valores, de propriedade de amigo dos tempos de escola. Nessa ocasião passa a fazer uso do Felizac, um conhecido medicamento antidepressivo, que se transforma na resposta para combater a consciência crítica dele. Com isso, a felicidade chega à sua porta, na forma da estupidez. Rapidamente ele se torna milionário obtendo grande destaque no mundo dos negócios. O livro diverte, mas não encanta.
A história de Antoine que tenta virar alcoólatra, por pura estupidez. Depois tenta o suicídio. E para deixar de sofrer por causa da consciência que o impede de aceitar as injustiças do mundo, deseja fazer uma cirurgia para retirar uma parte do cérebro.
Um passarinho tamborilou o bico na vidraça. Antoine ergueu os olhos do caderno e, como para responder, tamborilou com a caneta. Bebeu um gole de chá, esticou-se na cadeira e, passando a mão nos cabelos um tanto gordurosos, pensou que precisava roubar xampu do mercado da esquina. Antoine não se sentia com alma de ladrão; não tinha suficiente agilidade para isso, razão por que surrupiava tão-somente aquilo de que tinha necessidade: um xampu que comprimia discretamente numa pequena caixa de bombons. Ele procedia da mesma maneira com relação à pasta de dentes, ao sabonete, ao creme de barbear, às passas, às cerejas; arrecadando o seu dízimo, furtava, quotidianamente, nas grandes lojas e supermercados. Igualmente, por não ter dinheiro suficiente para adquirir todos os livros que desejava e tendo observado a acuidade dos guardas-noturnos e a sensibilidade dos aparelhos de segurança das megalivrarias, roubava os livros página por página e reconstituía-os no seu apartamento, como um editor clandestino. Sendo obtida por delito, cada página adquiria um valor simbólico muito maior do que teria se estivesse colada e perdida entre os seus pares; destacada de um livro, furtada, e depois pacientemente reunida, tornava-se sagrada. A biblioteca de Antoine contava, assim, com uma vintena de livros reconstituídos na sua preciosa edição particular.
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Atraído pelo titulo, comprei o livro em julho de 2006, numa promoção "bota fora" da Submarino.
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