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O Monge e o executivo é mais um livro de auto-ajuda, que se aproveita da mediocridade da maior parte das pessoas para se tornar um best-seller mundial. A narrativa é simples, sem nenhum recurso estilístico, totalmente previsível, com personagens previsíveis e com um final mais previsível ainda.
O personagem principal, John, é um daqueles americanos chefes de uma família desestruturada, com filhos problemáticos, com problemas no casamento, e também gerente-geral de uma indústria e que se dedica mais ao seu trabalho do que a família, traduzindo: ele é o típico americano que vemos nos filmes de Hollywood.
O que salva o livro são os ensinamentos transmitidos e que servem para nos lembrar de considerarmos os funcionários, em primeiro lugar, como uma pessoa e não somente como mais uma peça na engrenagem.
Concordo absolutamente com todos os ensinamentos transmitidos no livro, porém, acho pouco provável que os lideres que vivem sob a benção do capitalismo, agirão de acordo com os ensinamentos de Jesus, Gandhi ou Madre Tereza de Calcutá. Esperava mais
História de John Daily, homem de negócios bem sucedido que está passando por dificuldades na sua empresa e família. Ele decide fazer um retiro religioso, num mosteiro beneditino, para aprender conceitos de liderança de um ex-executivo de sucesso, chamado Leonard Hoffman. No principio, John e os outros participantes do retiro vêem com ceticismo os ensinamentos, porém, se rendem aos ensinamentos de Hoffman onde a liderança é firmada na autoridade e não no poder.
Eu estava totalmente acordado às quinze para as cinco da manhã, mas não sentia muita vontade de sair da cama. Porém, como sabia que Simeão estaria esperando por mim na capela, abandonei as cobertas quentes, joguei um pouco de água no rosto e fui ao seu encontro.
Simeão estava sentado na mesma cadeira que ocupava nas cinco cerimônias diárias. Ele acenou para mim e eu me sentei perto dele.
- Desculpe-me por tirá-lo da cama tão cedo – eu disse.
- Não se preocupe, eu acordo muito cedo, John. Estou feliz por podermos passar algum tempo juntos. Perguntei ao reitor ontem se podia tomar o café da manhã com você, mas ainda não tive resposta. Ele concordou em permitir que quebrássemos o Grande Silêncio antes da cerimônia das cinco e meia, e estou muito grato por isso.
“Ele é realmente muito generoso”, pensei.
- Diga-me, John, o que você tem aprendido?
- Muitas coisas – respondi. – Achei aquele conceito de poder e autoridade muito interessante. Mas, Simeão, fiquei sem graça quando você me pegou por não estar ouvindo o que Kim dizia ontem.
- Ah, sim, tenho notado que você não ouve muito bem.
- O que você quer dizer com isso? – perguntei na defensiva. – Sempre me considerei um bom ouvinte.
- Ontem de manhã, quando nos conhecemos em seu quarto, você me interrompeu no meio de uma frase três vezes. Isto sinceramente não me afeta, John, mas tenho receio das mensagens que você transmite às pessoas que lidera, quando as interrompe dessa maneira. Ninguém lhe falou desse seu mau hábito?
Autor: Carolina Requena
Veículo: G 1
Fonte:
O MONGE E O EXECUTIVO - JAMES HUNTER
Carolina Requena, do G1, em São Paulo
BEST-SELLER DE AUTO-AJUDA VENDE TRÊS VEZES MAIS NO BRASIL
''O monge e o executivo'', de James Hunter, vendeu 1,1 milhão de cópias no Brasil desde 2004; nos EUA, foram 250 mil - em oito anos Versão original e a traduzida; ''o título em português é brilhante'', revela o autor Desde 2004, quando foi traduzido para o português e teve o título adaptado (em inglês, o nome é ''The servant'' - a tradução literal seria ''o servidor''), ''O monge e o executivo'' teve 1,1 milhão de cópias vendidas em solo brasileiro. Só em 2006, o título de auto-ajuda vendeu 640 mil exemplares no Brasil, segundo dados da editora Sextante, que tem os direitos de publicação no país. A Sextante diz que ''O monge...'' foi o livro mais vendido no país em 2006, mas não há uma entidade independente responsável por compilar número de vendas de livros no Brasil; portanto, não se pode confirmar a informação. Mas, para efeito de comparação, ''O caçador de pipas'', topo da lista dos mais comprados na categoria ficção, beira os 500 mil exemplares vendidos no Brasil desde que foi publicado pela Nova Fronteira, em outubro de 2005. E a tiragem média de cada livro lançado no Brasil é de cerca de 8 mil exemplares. Nesta quinta, o autor de ''O monge...'', James Hunter, esteve em São Paulo, completando sua 7ª visita ao país - em que mais vende no mundo. Ele chegou com uma hora de atraso à Fnac Pinheiros, onde falou para cerca de 50 pessoas - um batalhão da organização do evento, nem dez jornalistas e alguns leitores. Sentado ao lado de outro hunter, o headhunter brasileiro Robert Wong, autor de ''O sucesso está no equilíbrio'', James recebeu instruções de seu editor ao pé do ouvido e saiu contando a saga de seu best-seller. ''No ano passado, recebi uma ligação de alguém que se apresentou como meu editor, me convidando para vir ao Brasil falar sobre 'O monge e o executivo'; eu não sabia de que livro ele estava falando. Expliquei pra ele: 'eu escrevi um livro há oito anos, e ele se chama 'The servant', acho que você ligou pro cara errado''. Não tinha nada de errado. A editora Sextante (dona dos direitos de ''O código Da Vinci'' no Brasil) havia adaptado o nome do livro (''achei brilhante''), e o conto do monge já passava do meio milhão de cópias vendidas. A trilogia do caçador No primeiro livro, "The servant" (ou "O monge e o executivo", para seus maiores consumidores em escala mundial), um grupo de profissionais vai a um retiro procurando encontrar soluções para a falência de sua vida familiar, social e profissional. Lá, o monge - um executivo convertido à religião (Hunter disse à reportagem que lê a Bíblia diariamente) - passa uma série de dicas que "só funcionam se você assimilar com o coração e transformar em ações práticas", adianta o autor. O segundo é "Como se tornar um líder servidor", que já vendeu 150 mil cópias no Brasil e aprofunda o ponto "liderança", abordado junto com outros dogmas no livro anterior (e tema que norteia um seminário programado para novembro no no Rio e em SP, que será protagonizado por Hunter e Wong). Um terceiro livro já foi encomendado por editores nos EUA e no Brasil. "Pode contar o que é?", perguntou uma admiradora, na platéia. "Até poderia te contar, mas, daí, eu teria que matar você", zombou o americano, que foi logo entregando todo o enredo: "Agora os cinco executivos voltam para o mosteiro e são postos à prova. Só um deles de fato conseguiu pôr em prática os ensinamentos do monge". Por essas contas - 1 para 5 - deve haver uns 220 mil brasileiros por aí que se tornaram bons familiares, amantes e colegas de escritório.
Tive a oportunidade de assistir a uma palestra com o autor James Hunter, em Brasília, acredito que em meados de 2009. Na ocasião, tinha ouvido falar pouco sobre o livro, e confesso que achei o autor comum demais, ele próprio disse isso na palestra que não entendia o porquê do sucesso do livro, livro que para ele era muito simples. Bom, depois daquela palestra, perdi totalmente o interesse em ler o livro, porém, diante do sucesso da obra e insistência do meu amigo Marcio, tive que ler.
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