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Traduzido por: Livro Editado em Português do Brasil
Páginas: 198
Ano de edição: 2002
Peso: 220 g
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Um livro muito a frente de seu tempo, assim como o seu autor, com criticas diretas a sociedade e aos políticos de sua época de maneira firme e contundente e corajosa se considerarmos o ano em que o livro foi escrito.
A condução da historia é feita de maneira brilhante e envolvente, o personagem principal, Major Quaresma, era um patriota, que através dos estudos de seus livros procurava conhecer todas as riquezas de nosso país e criticar todas as mazelas políticas da época que impediam o país de aproveitar todo seu potencial (hoje não mudou muita coisa não).
O autor apresenta os costumes e cultura do Brasil do inicio do século 20, com minuciosos detalhes da política nacional, características da terra brasileira e principalmente de seu povo.
O final do livro é triste assim como o seu título, não poderia ser diferente. Percebemos claramente que o Major Quaresma é simplesmente uma caricatura do próprio autor que teve o azar de nascer mulato, pobre e intelectual em um país que havia acabado de abolir a escravatura, mas não de dentro das pessoas. Lima Barreto, que morreu na miséria, alcoólatra e louco, não pode ver sua obra ser louvada, todavia, se tornou um dos maiores nomes da literatura nacional e será para sempre lembrado pelos amantes dos livros.
A história do Major Policarpo Quaresma, personagem marcante do inicio do século 20 que era apaixonado por seu país e lutava contra todos os costumes de sua época para ver a glória do Brasil. Lima Barreto nos apresenta uma sociedade brasileira frágil politicamente, extremamente preconceituosa e com costumes arraigados.
Certas vezes Quaresma fazia-lhe perguntas, atendia-lhe a conversa, raras não. Anastácio era silencioso e grave. Nada dizia: trabalhava e, de quando em quando, parava, considerava, numa postura hierática de uma pintura mural tebana. O Major perguntou ao Felizardo:
-Que é que há, Felizardo?
O camarada descansou o grosso tronco de camará no monte, limpou o suor dos dedos e respondeu com a sua fala branda e chiante:
-Negócio de política... “Seu” Tenente Antonino quase briga ontem com “Seu” dotô Campo.
-Onde?
-Na estação.
-Por quê?
-Negócio de partido. Pelo que ouvi: “Seu” Tenente Antonino é pelo “governadô” e “Seu dotÔ Campo” é pelo “Senadô”... Um “sarcero”, patrão!
-E você, por quem é?
Felizardo não respondeu logo. Apanhou a foice e acabou de cortar um galho que enleava o tronco a remover. Anastácio estava de pé e considerou um instante a figura do companheiro palrador. Respondeu afinal:
- Eu sei lá... Urubu pelado não se mete no meio dos coroados. Isso é bom pro “sinhô”.
-Eu sou como você Felizardo.
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Estou em uma procura constante em ler os grandes clássicos da literatura mundial e Triste Fim de Policarpo Quaresma é celebre, por isso podia deixar de ler. (Elias Marinho)
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