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Autor: Lucio Flavio de Martino Borges
Traduzido por: Livro Editado em Português do Brasil
Páginas: 126
Ano de edição: 2014
Peso: 270 g
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A história de Lucio Flavio, o Passarinho, com as peripécias dele e dos amigos de Uberaba, incluindo passagens de família. Um poema de amizade entre Aristeu, Donato, Frederico, Homero, Tiburcio e – claro - Lucio.
FESTIVAL DE IGARAPAVA
Certo cursinho promoveu um festival de música popular brasileira na cidade de Igarapava, São Paulo.
De Uberaba, alguns compositores participaram e eu fui um deles. Convidei, para tocar comigo, o Wainer Carvalho, famoso pretinho, grande guitarrista que sempre fazia os arranjos para as minhas músicas; o Jorge Zaidan, sempre disposto a ajudar a gente com seu talento, era o baixista; e o Cássio Souza, companheiro de muitas serenatas, fez a guitarra base.
Ensaiamos algumas vezes e quando chegou a semana do festival, consegui uma carona no ônibus que foi fretado por algumas bandas de Uberaba que iam participar do evento.
Os músicos que iriam me acompanhar só chegariam a Igarapava na sexta-feira, dia marcado para a apresentação das nossas músicas, que eram duas: Ser normal, do Tibúrcio e minha, e Fugitivo, que compus em parceria com o Lélio Cipriani.
Todos confirmaram presença. Além do pessoal que ia tocar comigo, alguns amigos também prometeram dar uma força indo até a cidade vizinha para torcer pra gente.
O festival foi programado para ser realizado no ginásio da cidade, para onde nos dirigimos, assim que chegamos, para tratar dos detalhes, como identificar a ordem de apresentação das músicas e ensaiar, o que não deu pra fazer, pois eu estava só.
No dia do festival, estava ansioso, pois o pessoal não chegava.
Aguardei até às quinze horas, para então pedir ajuda no intuito de recrutar músicos para tocar comigo, mas foi em vão. Não consegui sequer um para me acompanhar.
Estava decepcionado, triste e sem saber o que fazer, quando começou a pipocar amigo meu por todos os lados. Nunca imaginei que conseguiria reunir tanta gente. Tinha no mínimo umas trinta pessoas.
Perguntei para o Gastão (Pena Rato) que estava com a turma do cursinho (COC):
- Quem veio?
- Todo mundo, o cursinho em peso está aqui.
- Pois é, mas infelizmente eu não vou poder participar.
- Por quê?
- O pessoal da banda não veio.
- Como não veio? Estão todos lá no botequim: Pretinho, Cássio e o Jorge Zaidan, não são eles que vão tocar contigo?
- Você está brincando, né?
- Não! Entra no carro que eu te levo lá.
Estavam todos no boteco: Cebola, Netinho, Merão, o Dú, Cassinho, Pretinho, Jorge Zaidan, Lélio Cipriani, Saulinho, Tibúrcio, Pirajuba, Aninha e muitos outros amigos.
Quando entrei no bar, foi aquela festa, todos já estavam de pileque, inclusive o pessoal que ia tocar comigo. A emoção tomou conta. Não esperava aquela demonstração de carinho, e chorei de emoção e também de alívio, é claro!
O Cebola já tinha feito amizade com o dono do bar e estava do lado de dentro do balcão fazendo caipirinha de maracujá, da qual o Jorginho abusou.
Chegada a hora do festival, fui andando na frente pra acertar os últimos detalhes. O festival começou e nada, ninguém que ia subir no palco comigo tinha chegado. Faltando duas músicas para a nossa vez, apareceram o Pretinho e o Cássio, e eu perguntei:
- Cadê o Zaidan?
- Ele esta lá fora do ginásio passando mal. Não vai conseguir tocar.
- Tragam-no para o palco que eu vou arrumar uma cadeira, a gente põe ele sentado e seja o que Deus quiser.
Estavam trazendo o Jorginho quando anunciaram a nossa música, subi sozinho no palco e comecei a enrolar, dizendo algumas coisas ao microfone para ganhar tempo. Não demorou muito começaram as vaias. Pedi paciência aos jurados e informei que tivéramos alguns problemas, mas que estava tudo sob controle e já começaríamos a nossa apresentação.
Nisso, os músicos foram subindo no palco pegando os instrumentos. Olhei para o Jorginho e ele estava de cabeça baixa sentado na cadeira e, chamando a sua atenção, disse:
- Jorginho faça a marcação.
- um, dois, três ...
Saiu tocando, fomos atrás e deu tudo certo.
Na frente do palco, o Lélio gritava histérico enquanto o filho da puta do Pirajuba bradava:
- Vai Flávio Jr!
Ficamos em quinto lugar com a música "Ser normal': Mas eu já me encontrava satisfeito e premiado com a presença em massa daquela turma toda.
Autor: Rose Dutra
Veículo: Blog da Rose Dutra em 17/9/2014
Fonte: Internet
Quando os amigos são para sempre, vale a pena falar sobre isso e mais ainda: registrar o nobre sentimento em um livro. Lúcio Flávio De Martino Borges, o Passarinho, é o autor do livro Los Manos Amizade para uma Vida Inteira, que terá noite de lançamento em Uberaba, neste sábado, 20, às 20h, no restaurante do Cebola, um de seus eternos manos. Ele conta as peripécias dele e dos amigos uberabenses e ousa também a contar os causos de família. Cada um mais hilário do que o outro.
Em outubro do ano passado ganhei o livro do Flavio, com dedicatória:
"Ao amigo Marcio, aqui conto as histórias que marcaram minha infância e adolescência. Espero que aprecie. Um Abraço, Flavio, 14/10/14"
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