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Traduzido por: Livro Editado em Português do Brasil
Páginas: 220
Ano de edição:
Peso: 350 g
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A história do marinheiro Bartolomeu, que tem por mãe uma sereia, por coração uma estrela e por alma a sua embarcação.
Marilena aquiesceu ao convite que Bartolomeu lhe fizera. Andava mesmo a procura de quem remediasse sua vida. A cidade inteira estava se tornando, dia a dia, mais intolerável. Como boa calculista, compreendeu logo que outra situação igual, tão cedo, não lhe apareceria. Por que titubear? . .. Por que perder tempo, então? .. Iria e, até mesmo, com muito prazer. Ora, se iria!. . - O isolamento até que me vai beneficiar. .. Ando farta dessas confusões. Sou das tais que vão à rua, somente por necessidade. Comunicou ela ao faroleiro, num rasgo de incontida animação. - Além do mais, a aventura me fascina. Adoro viver afastada dêsse redemoinho, dêsse mundo de almas hipócritas e imundas!... Bartolomeu, ingenuamente, ia acreditando nas palavras daquela mulher. E qualquer homem acreditaria, tão sincera era sua maneira de se expressar. Demais a mais, seriam duas vidas consertadas. A dêle que levava para sua solitude uma companhia. E a de Marilena, uma situação que jamais o destino proporcionaria outra igual. Ficou ajustado que, na próxima viagem da lancha, Brisa viria buscá-la. Portanto, que se aprontasse e marcasse um encontro com o lancheiro, a fim de auxiliá-la no transporte da bagagem. Quando Bartolomeu retomou à ilha, naquela tarde, já não era mais o mesmo homem de quando, pela manhã, a deixara. Como nos parecemos com criaturas verdadeiramente opostas, depois de um interstício, apenas. Às vêzes, uma hora, uma noite, um domingo, é o suficiente para mudar completamente a nossa maneira de pensar e de agir. Não podia compreender agora como achara a ilha antes tão monótona e sua. paisagem tão insípida. Miraculosamente tudo se transformara. A ilha inteira voltava a ser a mesma de quando a viu pela primeira vez. O arvoredo parecia mais verdejante. As rochas, mais cintilantes e o mar adquirira tonalidade excepcional, de azul-verde, uma côr há muito desaparecida que êle nunca mais tivera a oportunidade de contemplar. Sentia-se outro. Remoçado. Renascia-lhe o entusiasmo para a vida e a aptidão para o trabalho. Tôda a ilha entrou em remodelação total para esperar sua amada. Na manhã seguinte, que chegou ao farol, foi logo apanhar tinta e prepará-la para nova pintura na fachada do chalé. Aquela mesma tinta que mandara vir da cidade e que abandonara, a um canto, quando fôra colhido por aquêle desânimo que dele se apoderara e se estendera até os últimos tempos. Pintou a casa e alcatroou os moirões do trapiche. Consertou a cêrca de tábuas que se estendia ao fundo do quintal. De cima do telhado, varreu, com um galho sêco, o excremento das gaivotas que deixaram nas telhas manchas brancas como o alvaiade. Cedo ainda, principiava a trabalhar. Ao seu lado, Zarção pulava de contentamento, parecendo compreender o milagre que repentinamente se operara no amo.
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Na primeira metade dos anos 60 trabalhei no Banco Inco. Banco Industria e Comercio de Santa Catarina S/A. Um dos clientes, Arnaldo Brandão, catarinense da cidade de Itajai, exatamente a cidade Matriz do Banco, me presenteou com seu livro e o autografou.
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