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Trata-se de uma coletânea de poetas estrangeiros, cujos versos foram escolhidos, alhures, pelo editor. Claro está que neste caso não foi pago um mísero centavo pelo direito autoral. Não vale nada, serve apenas para encher prateleira, até porque a coletânea foi elaborada sem nenhum critério técnico, literário, de estilo e muito menos de tempo circunstancial, em que foi criado o poema.
Poemas selecionados (pelos editores?) dos autores:: Dante Alighieri, Petraca, François Villon, Lorenzo Medici, Pierri de Ronsard, François de Malherbe, Shakespere, Saint Amant, Moliere, Racine, Goethe, Lamartine, Heine, Victor Hugo, Elizabeth Browning, Allan Poe, Nerval, Tennyson, Gautier, Musset, Lisle, Whitman, Baudelaine, Murger, Dickson, Verlaine, e Garcia Lorca.
O Zéfiro. A aragem que balança imperceptivelmente Em tôrno da haste, esta glicínia adolescente, E' a alma de um vento bom cuja história vadia Decifrei certa vez num livro de magia. Faz muito tempo, um vento boêmio e turbulento Penetrou num castelo. .. Um simples pé de vento. E estouvado tocou, com o sôpro que soprava, Numa menina que fiava a lã, que fiava, Os seus olhos azuis eram da linfa clara Da água de um lago que êle, ao passar, encrespara. A menina compondo a graciosa harmonia Do penteado, a prender um cacho que caía, Teve um gesto de mãos e dedos, tão faceira, E tão perturbadora e simples na maneira Que o vento esbanjador de doidos movimentos, Que os amôres contava à asa dos cataventos, Dado a mentiras e lisonjas e segredos, Quando a viu mergulhar nos cabelos os dedos. Sentiu que outra rainha o acaso não lhe dava Como aquela que fiava lã, que fiava, fiava. . . Desde então, envolveu nos passos, dia a dia, O amante dedicado e leal que ela não via. Êle foi bem feliz em ser, de vida em fora O amoroso que passa e que sempre se ignora. Desde que viu seus belos olhos ensombrados Procurou as canções dos ninhos pelos prados, Não podendo colhêr em ramalhete as flôres, Ia em busca de borboletas multicores. Tudo que o bosque tinha em seu rico tesouro De nácar, de rubir, de âmbar e flôres de ouro E quando conseguia um ramo surpreendente, Seu sôpro ia atirar no quarto bruscamente. No tempo da colheita, o vento de desvela A procura do que aromar a casa dela.
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Um caso explícito de "conto do livro", semelhante ao conto do "vigário", do "paco" e do "bilhete premiado", urdido para tomar dinheiro de leitores trouxas, como eu. No início dos anos 60, espertos editores aproveitavam suas ótimas estruturas de venda porta-à-porta, para entupir incautos leitores, com quilos e mais quilos de livros. Para forçar a venda de um "autor bom" como Victor Hugo, Jorge Amado, Machado de Assis, Rousseau, Tolstói, Eça de Queiroz ou Shopenhauer, por um preço altíssimo, pagável em 10 ou 12 módicas parcelas mensais, se oferecia ao leitor comprador "inteiramente grátis" um "valioso brinde”, "ricamente encadernado", ou seja, uma antologia de qualquer coisa: poesia, discursos, galinhas, sapos, sexo dos anjos. Bestagem pura.
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