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Traduzido por: Livro Editado em Português do Brasil
Páginas: 279
Ano de edição: 1997
Peso: 335 g
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Saramago, que nasceu em 1922, foi o primeiro português - e único - a receber o Premio Nobel de Literatura, em 1998. Sua vida profissional, onde foi serralheiro, mecânico, desenhista, funcionário público, teatrólogo, jornalista e escritor, só lhe permitiu escrever livros na idade madura. É autor de uns 20 livros que foram traduzidos em muitos idiomas. O "Todos os Nomes", conta a história do escrevente de cartório, que colecionava nomes e notas ali registradas, inicialmente como um simples passatempo. O cometimento de irregularidades vai crescendo, de modo que ele, alucinado, fica parecendo o dono dos destinos de todo mundo, tal qual um Deus podo poderoso, criador do céu e da terra. A história é boa, embora monótona. O autor é festejadíssimo. Um verdadeiro barão das letras, amado por 10, entre as 10 maiores figuras do jornalismo e da literatura do Brasil e de Portugal. Saramago é mais que bom, quem disser o contrário mente. Mesmo assim e apesar disso a leitura de Todos os Nomes é maçante e enfadonha.
A história de José, um escrevente de cartório, colecionador de notas sobre os nomes das pessoas registradas no cartório onde trabalha. Num dia José se atrapalha e acaba por trocar e misturar - como se fora um Deus - os domínios da vida e da morte dos registrados.
Quando acabei de falar, ela perguntou-me, E agora, que pensa fazer, Nada, disse eu, Vai voltar aquelas suas coleções de pessoas famosas, Não sei, talvez, em alguma coisa haverei de ocupar o meu tempo, calei-me um pouco a pensar e respondi, Não, não creio, Porque, Reparando bem, a vida delas e sempre igual, nunca varia, aparecem, falam, mostram-se, sorriem para os fot6grafos, estão constantemente a chegar ou a partir, Como qualquer de nós, Eu, não, Você, e eu, e todos, também nos mostramos por ai, também falamos, também saímos de casa e regressamos, as vezes ate somos, a diferença é que ninguém nos faz caso, Não poderíamos ser todos famosos, Ainda bem para si, imagine a sua coleção com o tamanho da Conservatória Geral, Teria de ser muito maior, a Conservatória só interessa saber quando nascemos, quando morremos, e pouco mais, Se nos casamos, se nos divorciamos, se ficamos viúvos, se tomamos a casar, a Conservatória é indiferente se, no meio de tudo isso, fomos felizes ou infelizes, A felicidade e a infelicidade são como as pessoas famosas, tanto vem como vão, o pior que tem a Conservatória Geral e não querer saber quem somos, para ela não passamos de um papel com uns quantos nomes e umas quantas datas, Como o verbete da minha afilhada, Ou o seu, ou o meu, Que faria se a tivesse chegado a encontrar, Não sei, talvez lhe falasse, talvez não, nunca pensei nisso.
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Não sei porque este livro está cá, o pá.
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