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Traduzido por: Livro Editado em Português do Brasil
Páginas: 202
Ano de edição: 1979
Peso: 325 g
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Marcio Mafra - Data: 24/10/2004 - Conceito : Muito Bom
Érico Veríssimo é escritor gaúcho, talvez o maior deles. Todas as suas histórias são densas, com fachada, conteúdo e alma. Alma dos pampas. Olhai os Lírios do Campo, é seu romance mais popular. O Tempo e o Vento, o maior e mais famoso. Seus quase 50 livros foram traduzidos em quase todo o mundo. Clarissa - embora sendo um romance cuja história se inicia com a chegada da personagem a Porto Alegre, é marcado pelo bom sotaque e modos "gauchês". Uma história simples, da menina que se faz mulher. Romântica, nela tudo encanta, porque tem a inocência dos jovens e a gostosura das coisas que ainda não sofreram as deformações da sociedade. Até a última frase do romance, "falada" por um papagaio, permanece o "encanto da inocência".
Clarissa, recém chegada do interior, vai morar numa pequena pensão em Porto Alegre e descobre a vida aos poucos, ora tranqüila, ora aos sobressaltos. Seu sonho, porém, é maior do que tudo.
Vem do corredor um rumor de passos. Clarissa esconde apressada o livro que esta lendo. Olhos parados, fica imóvel, escutando. Os passos se afastam, morrem no fundo do corredor. Clarissa torna a abrir o livro. Um romance. Tem de ler as escondidas. A titia não gosta de livros que não sejam os do colégio. Diz que os romances prejudicam a cabeça duma menina que estuda. O nome do livro é: A que morreu de amor. .. Está no quinto capítulo. E com uma curiosidade enorme de saber se Márcio no fim vai casar com Elfrida. Oh! Ela imagina o Márcio um moço alto e simpático como Gary Cooper. Tem de ser assim, mesmo que o autor do livro não queira. Elfrida, lourinha delicada, só pode ser assim como a Jean Harlow, com a diferença de que a heroína do romance á calma, quieta, comportada. Márcio é pintor. Elfrida, filha de um milionário. Os dois se encontram numa exposição de quadros. Olham-se, gostam-se, falam-se. Márcio volta para casa, encantado. Mora numa "mansarda". Por que e que nos romances sempre há mansardas? E que será mesmo mansarda? Deve ser uma casa muito velha, muito pobre. Com Márcio mora Alfredo, um músico. Quando Alfredo apareceu no romance, Clarissa pensou logo em Amaro. Por que? Porque o Alfredo também e músico? Não foi só por isso: foi porque também o Alfredo é triste e calado como Amaro. Oh! Mas o Márcio é um rapagão alegre, corado, que canta no banheiro, que joga tênis ... Clarissa está tão absorta na leitura que nem ouve os ruídos da pensão: a cantiga molenga e desafinada da Belmira, que está na varanda arrumando os pratos para a janta, as risadas do velho Nico Pombo, a música do rádio que vem da casa grande da vizinhança."
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