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O Lobo da Estepe é a história de um homem maduro, ambientada em 1920, que após abandonar a sua regrada vida burguesa, se entrega à vida boêmia dos bares, dos salões de dança e das mulheres. Harry Haller com sua Hermínia vive pendularmente entre a vida pacata e arrumada da alta cultura, do espírito elevado, do cidadão perfeito e a vida da superficialidade, dos prazeres da carne, das baladas noturnas. Lobo da Estepe é uma narrativa brilhante da desintegração da personalidade de um homem maduro e bem-posto na sociedade de então. Excelente.
A história de Harry Haller, na pele e na alma aflita, de um homem-lobo.
Assim como o gramofone viciava a atmosfera de espiritualidade ascética do meu estúdio, e também os ritmos americanos, estranhos e perturbadores, destrutivos, penetravam em meu cultivado mundo musical, assim irrompiam por todas as partes coisas novas, temidas, libertadoras, em minha vida até agora tão rígida e tão severamente delimitada. O Tratado do Lobo da Estepe e Hermínia tinham razão em sua teoria das mil almas; amiúde surgiam em mim, junto a todas as antigas, algumas novas almas, com suas pretensões, alvoroçadas, e agora via claramente, como um quadro posto diante de mim, o processo de minha personalidade até então. As poucas habilidades e matérias em que eu casualmente era forte haviam ocupado toda a minha atenção, e eu pintara de mim a imagem de uma pessoa que não passava de um estudioso e refinado especialista em poesia, musica e filosofia; e como tal tinha vivido, deixando o resto de mim mesmo ser um caos de potencialidades, instintos e impulsos que me pareciam um transtorno e por isso os encobria com o nome de Lobo da Estepe. Todavia essa reversão de minha quimera, essa libertação de minha personalidade não constituíam, de modo algum, uma aventura agradável e divertida, mas, ao contrário, era freqüentemente amarga e dolorosa e não raro quase insuportável. O gramofone soava as vezes diabólico em meio aquele ambiente onde tudo estava sintonizado com um tom inteiramente diverso. E muitas vezes quando dançava os meus one-steps em algum restaurante da moda entre as pessoas elegantes e alegres libertinos, sentia-me como uma espécie de traidor para com tudo aquilo que na vida me fora respeitável e sagrado. Se Hermínia me tivesse deixado sozinho durante uma semana, teria fugido imediatamente daquele intento penoso e ridículo de converter-me em homem mundano. Mas Hermínia estava sempre ao meu lado; ainda que não a visse todos os dias, continuamente me estava observando, me acompanhava, me vigiava, me advertia.
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Desde o início da bibliomafrateca, foi constatada a falta "dos melhores livros" de cada autor. Coisa absolutamente óbvia - assim como inteligente e justa - eis que livro bom, vai e não volta. Como não adianta nada correr atrás daquilo que não se sabe onde se encontra, providenciamos a aquisição: O memorável "O Lobo da Estepe". Disparado, é o mais conhecido e melhor livro do alemão Hermann Hesse. O inigualável "O Nome da Rosa". Livro estrela do Umberto Eco. O fantástico "O Velho e o Mar". A melhor história "de pescador" de todos os tempos, contada pelo Hemingway. "Olga". Só o talento do Fernando Morais conseguiria despir Getúlio Vargas da aura de Pai dos Pobres e expor as crueldades praticadas contra os brasileiros nos porões de sua nojenta ditadura
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