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Traduzido por: Aurora Forni Bernardini
Páginas: 562
Ano de edição: 2004
Peso: 655 g
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Marcio Mafra - Data: 04/12/2004 - Conceito : Excelente
Umberto Eco é um pensador acadêmico, jornalista com opiniões políticas de peso e grande romancista. O Nome da Rosa é uma história quase gótica, que se passa na idade média com um tom policialesco. O personagem central, monge Guillermo de Baskerville vai para uma abadia beneditina onde pretende resolver uma serie de crimes, auxiliado por outro monge de nome Adson de Melk. Os crimes aconteceram no mosteiro porque um dos seus membros queria ou precisava impedir que um livro de Aristóteles, sobre o riso, pudesse ser conhecido dos demais. Nesse ponto reside a inspiração do genial Umberto Eco: gente mata gente por causa de um livro sobre o humor. A maior parte dos crimes que assolam a humanidade têm por base o dogmatismo intolerante de quem imagina possuir o monopólio da verdade. A leitura é muito gostosa, intermediada de citações filosóficas, muitas delas em latim, como a induzir que os leitores possuam um certo "verniz intelectual". Vale o livro e a leitura. Vale também como uma crítica - inteligente e não sectária - a mistificações, manipulações de massas e violências intelectuais ou sexuais das denominações religiosas, com sede no Vaticano e em outras plagas do hemisfério.
A história dos Frades Guilherme Baskerville e Adson Melk durante a investigação das mortes de sete monges, em sete dias e sete noites, num mosteiro da Itália. Os crimes acontecem a partir da biblioteca do convento. O nome da rosa era uma expressão usada na Idade Média para demonstrar o infinito poder das palavras.
Bernardo Gui postou-se no centro da grande mesa de nogueira na sala do capítulo. Junto dele um dominicano desempenhava as funções de notário e dois prelados da legação pontifícia estavam a seu lado como juízes. O despenseiro estava de pé diante da mesa, entre dois arqueiros. O Abade voltou-se para Guilherme sussurrando-lhe: "Não sei se o procedimento é legitimo. O concilio lateranense de 1215 sancionou em seu cânone XXXVII que não se pode citar alguém a comparecer diante de juízes que exerçam a mais de dois dias de marcha de seu domicilio. Aqui a situação e quiçá diferente, e o juiz que vem de longe, mas ... " "O inquisidor está fora de qualquer jurisdição regular", disse Guilherme, e não deve seguir as normas do direito comum. Goza de privilégio especial e não é sequer obrigado a escutar os advogados." Olhei o despenseiro. Remigio estava reduzido a um estado miserável. Olhava a seu redor como um animal assustado, como se reconhecesse os movimentos e os gestos de uma temida liturgia. Agora sei que temia por duas razões, igualmente assustadoras: uma porque fora pego, de acordo com todas as aparências, em flagrante delito, a outra porque desde o dia anterior, quando Bernardo tinha iniciado sua investigação, recolhendo rumores e insinuações, ele temia que viesse a luz seu passado; e começara a se agitar mais ainda quando viu prenderem Salvatore. Se o desventurado Remigio era presa dos próprios terrores, Bernardo Gui conhecia, por sua vez, os modos para transformar em pânico o medo de suas vítimas.
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Desde o início da bibliomafrateca, foi constatada a falta "dos melhores livros" de cada autor. Coisa absolutamente óbvia - assim como inteligente e justa - eis que livro bom, vai e não volta. Como não adianta nada correr atrás daquilo que não se sabe onde se encontra, providenciamos a aquisição de: O memorável "O Lobo da Estepe". Disparado, é o mais conhecido e melhor livro do alemão Hermann Hesse. O inigualável "O Nome da Rosa". Livro estrela do Umberto Eco. O fantástico "O Velho e o Mar". A melhor história "de pescador" de todos os tempos, contada pelo Hemingway. "Olga". Só o talento do Fernando Morais conseguiria despir Getulio Vargas da aura de Pai dos Pobres e expor as crueldades praticadas contra os brasileiros nos porães de sua nojenta ditadura.
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