Aguarde por gentileza.
Isso pode levar alguns segundos...
Traduzido por: Livro Editado em Português do Brasil
Páginas: 298
Ano de edição: 2001
Peso: 475 g
Avalie e comente
Splen de Natal é um livro típico de jornalista. Jornalista de cidade pequena fica escrevendo crônica que é publicada em jornal local, só para preencher a falta de matéria. Geralmente são colaboradores não profissionais, que conferem prestígio ao jornal, pelas suas posições políticas, sociais ou econômicas. Invariavelmente as crônicas falam de personagens ou coisas muito típicas da cidade. Decorrido algum tempo é feita uma seleção das crônicas e elas viram livro. Splen de Natal não foi diferente, embora as crônicas do livro tenham um viés histórico. Então para os leitores não nascidos ou que não tenham vivido no Rio Grande do Norte, o livro não tem muita graça. Não tem "liga", porque o sotaque local perpassa cada uma das crônicas.
Crônicas sobre a cidade de Natal, capital do Rio Grande do Norte
Segunda-feira, às dez horas, seguimos Kip e eu para Pirangi, onde Madé curte o veraneio. Saímos da velha rodoviária da Ribeira, suja e mal cheirosa, num ônibus superlotado. Atento as mutações da paisagem que se descortina através da janela, Kip pede-me informações sobre as praias de Pipa e Genipabu, que pretende conhecer. Freqüentemente ele consulta um pequeno e manuseadíssimo dicionario de bolso Inglês/Português No último sábado fomos a uma festa no Vice- Versa, um lugar freqüentado por homossexuais, lésbicas e simpatizantes. Muito assediado, durante toda a noite Kip recebeu galanteios e cantadas com elegância e naturalidade. Um artista plástico, conhecido por sua afetação, arrojou-se aos seus pés, prometendo-lhe amor eterno. Kip ajudou-o a levantar-se. Foi resgatado por Jorge Antônio que o conduziu até a sua mesa, num ângulo da sala, onde já os esperavam o poeta Jarbas Martins, sua namorada e o pintor Diniz Grilo. O ônibus para em toda a parte, para pegar novos passageiros. Sentado à janela, Kip admira a paisagem e encanta-se com as dunas recobertas de arbustos verdíssimos. Sorri para a paisagem cheia de luminosidade. Bonitas colinas! Bonitas colinas! Uma mulher falastrona, mal dissimulando o seu interesse pelo artista, interrompe a conversa, dificultada pela barreira da língua O que era Natal há vinte anos, diz, em sua tentativa de puxar conversa. Kip tenta acompanhar suas palavras, consultando a cada momento o dicionário.
Nenhuma informação foi cadastrada até o momento.
Tomei contato com Franklin Jorge através do www.franklinjorge.com Ele é um dos raros brasileiros que não é professor de literatura e pode ser considerado crítico do poeta e dramaturgo Willian Shakespeare. Franklin Jorge escreve e fala com conhecimento, alma e estilo. Em março de 2009 transcrevi um de seus comentários sobre o livro Rei Lear, que começa assim: "Ingrato é todo aquele que não reconhece a graça e cospe no prato em que comeu." Escrevi para ele, que respondeu autorizando a transcrição e dizendo-me que me enviaria o seu livro Splen de Natal. Disse-lhe que a bibliomafrateca já possuia um exemplar do Splen de Natal. De fato a bibliomafrateca já tinha um exemplar do Splen desde 2007, sem que eu saiba como o livro veio parar na prateleira.
Receber nossos informativos