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Traduzido por: Livro Editado em Português do Brasil
Páginas: 211
Ano de edição: 2020
Peso: 280 g
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TODOS OS BEIJOS POSSÍVEIS.
Cada pessoa no seu universo particular guarda um acervo de memórias das dores experimentadas, dos amores celebrados e desilusões sepultadas na jornada.
Cada pessoa carrega nos alforjes da alma os temores da infância, os tremores da juventude, os terremotos da fase adulta.
Cada pessoa é também seu passado, seus livros, seus risos, seus filhos e a dores dos filhos seus; seus enganos, seus planos, sonhos e assombros; e o modo como sente a temperatura do mundo, como se comporta diante do imponderável, como lida com triunfos e derrotas; como concebe a vida e a implacável finitude de tudo e todas as contradições que a vida abriga.
Por isso a possibilidade de um novo amor é sempre uma expedição para lugares desconhecidos, uma aventura para a qual nunca estamos suficientemente prontos.
Ou o momento é certo e a pessoa errada ou a pessoa é certa e o momento errado e outros descompassos reais ou inventados que explicam o não arriscar a pele noutro romance.
Toda nova história implica inevitável estranhamento que faz uns desistirem e outros insistirem.
Pertenço claramente ao segundo grupo, pois acredito no encontro para além da colisão.
Aposto na troca.
Prefiro mil vezes que uma história chegue ao fim a ela nunca ter começado. Guardo significação. Para alguma outra coisa deve servir essa tal maturidade, além de conferir mechas pratas aos meus cabelos e marcas de expressão no meio da testa.
E uma delas é não exigir garantias ou atestado de permanência.
Não porque não queira permanecer.
Quando me apaixono, quero desesperadamente eternizara relação, mas por saber que nenhum atestado garante permanência.
Prefiro presença, ainda que a presença desarrume um pouco as coisas, tire algo do lugar, exponha a poeira que se escondia atrás da solidão.
Muitas vezes é mais simples permanecer sozinho, mas estar sozinho é uma festa na prisão. O tempo, a falta de tempo, o tempo que falta, a incomunicabilidade, as ausências e tudo que não se pode controlar, conter, tocar... Haverá sempre algo que conspira para nos separar.
Portanto, celebremos o que nos une.
Hoje. Agora. Já.
Porque a vida da qual a gente não se dá conta também conta.
E ela e nosso tesão vão se esgotar.
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