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Traduzido por: Livro Editado em Português do Brasil
Páginas: 135
Ano de edição: 2004
Peso: 425 g
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Contos de Verão, com o subtítulo, "memórias de quem não se lembra bem do que aconteceu", conta as histórias ocorridas durante quatro meses das férias de seis amigos, que formavam o clube dos cinco. A diferença numérica entre os seis amigos e o clube dos cinco, fica-se sabendo durante a leitura. Interessante é que o autor informa que nem tudo o que está escrito é verdade. Trata-se da versão dele sobre os fatos. Diz ainda, que todas as biografias são exageradas, distorcidas e tendenciosas. E ainda que uma ou outra coisa foi inventada por ele. A narração se desenvolve certinha, arrumadinha e asséptica quase até o final do livro. A leitura não empolga, e vai sem "pega" desde o início. No capítulo "o tempo não para" começam algumas citações mais marcantes, como "Marilyn Monroe, Elvis, Janis Joplin e Jimmy Hendrix morreram famosos, jovens, mártires. Morreram cometas, ainda luminosos e fulgurantes...." No capitulo "O livro" aparece com muita graça a história do "coisa ruim". Depois disso, a narração fica um pouco mais dinâmica, mais humana e mais autêntica. Contos de Verão, como peça gráfica é muito bom e bonito. Como livro de memória, como romance ou como lição de vida, nem tanto. Também é fraco se entendido como campanha de apoio ou esclarecimento "pró saúde". Trata-se de uma peça mediana, tanto como livro, como literatura ou mesmo como memória.
As aventuras e desventuras do Clube dos Cinco. A narração dos namoros, desejos, cantadas, inseguranças, medos, início da vida sexual, drogas e riscos de um grupo de garotos, todos moradores de Brasília, que passavam férias no Espírito Santo.
Cantadas 1. -Oi. - Oi - respondeu a menina, meio desinteressada. Ela tinha os cabelos ruivos, curtinhos e olhos cor de mel. Era alta e provavelmente mais velha, uns dezenove anos. Usava um vestido leve, azul-escuro, que deixava revelar pernas longas de bailarina, longilíneas e firmes. Os olhos eram vivos e inteligentes. Uma conquista impossível, mas o bar não estava muito lotado e, do lado de fora, a música não era muito alta. Dava para tentar conversar. E quem não arrisca... - Desculpe incomodar, mas isso não é uma cantada. Eu só gostaria de te perguntar uma coisa... Ela baixou um pouco a defesa, mas só um pouco. - Eu já falei com você esta noite? - Não... - Sei que é uma pergunta engraçada, mas é que tenho um sério problema de memória para fatos recentes. Basta passar alguns segundos que não me lembro mais do que aconteceu. É chato, mas a gente tem que aprender a conviver com isso... - Não, você não falou comigo. - Então posso saber qual o seu nome? Ela já tinha entendido. - Você disse que não era uma cantada. - Disse? Não lembro. Não sei se cheguei a comentar, mas tenho um problema de memória para fatos recentes... - Tá, tá... Olha, desculpe. Mas eu realmente não estou interessada. - Oh! Claro, tudo bem - e foi embora. Cinco minutos depois: -Oi. - Você de novo? - De novo? Ah! Desculpe. É que não sei se cheguei a comentar, mas tenho um... - Problema com fatos recentes. Sei. - Nossa! Quantas vezes já falei com você hoje? - Só uma, mas já deu para decorar o texto. Olha... - Nem precisa dizer nada. Já estou indo embora. Desculpa, viu? - e saiu, rapidamente. A menina ficou um pouco surpreendida, pois achou que ele havia desistido rápido demais. Por um breve momento chegou a achar que o rapaz tivesse realmente um problema de memória. Passou a observá-lo. Estava em uma mesa, com outros cinco amigos e pareciam conversar animadamente. Ninguém da mesa olhava para ela. Até o momento em que o rapaz levantou de novo e foi andando em sua direção. Dessa vez ela fixou o olhar nele. - Oi - ele falou, com um sorriso cativante. Ela também sorriu. - Olha... Adorei a cantada, foi muito legal, mas realmente não estou no clima, OK? - Eu já falei com você essa noite, não é? - ele parecia desconcertado, mas não tirava os olhos dos olhos dela. - É que minha memória é péssima para fatos recentes... Ela riu novamente. Um sorriso um pouco mais aberto. Mas ainda mantinha uma postura defensiva. Ele falou novamente: - Posso te perguntar uma coisa? - Você vai perguntar se já falou comigo hoje? - Não. Quero perguntar se você me viu falar com alguma outra menina aqui no bar hoje. Se você me viu usar essa cantada, como você a chama, em alguma outra pessoa. - Não, não vi. - Então você não pode chamar de cantada. Cantada é uma frase feita. Tudo que falei hoje, falei só para você, pensando apenas em você. E sabe por quê? Ela virou o corpo, retribuindo o olhar dele, mas ainda guardando distância. - Não, não sei. - Porque eu acho que você pode me curar do meu problema de memória. - Como? - Se você me der um beijo, vou lembrar desse momento pro resto da vida. Ela não resistiu. Esse era o Zito. Imprevisível e às vezes até meio bobo. Mas sempre muito decidido, seguro, com uma resposta na ponta da língua. Era, por natureza, um observador. E, normalmente, achava o ponto fraco das meninas e, como pensava muito rápido, acabava saindo-se bem, mesmo quando levava um fora...."
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Meu amigo Bira, anualmente, convida para participar de um evento chamado prêmio "Excelência Gráfica" que é atribuído aos profissionais do ramo. Durante um jantar, são expostos os melhores trabalhos feitos no ano anterior, ao qual comparecem autoridades, empresários, imprensa e profissionais ligados ao negócio. Na ocasião, anoto os títulos de livros que mais me chamaram atenção e informo ao Bira as anotações. Dias depois ele me presenteia com os títulos que eu mais gostei. Não sei o que seria melhor: mais eventos deste tipo, ou mais amigos do tipo Bira.
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